Em 2013 nasceu a Iniciativa Latino-Americana pelos Dados Abertos como um convite à pesquisa que buscava dar luz sobre o incipiente diálogo das políticas de abertura de dados na América Latina e no Caribe. Deste convite surgiram as primeiras sete publicações, que se aprofundaram sobre o que acontecia com os dados abertos no poder legislativo e no judiciário, e nos governos subnacionais, como poderiam se tornar numa ferramenta para a prevenção da corrupção, e até doenças transmitidas por vetores, bem como seu uso em políticas de participação cidadã e políticas educativas. 

Desde o primeiro momento, conformamos uma organização, assistimos governos e a sociedade civil da região. Também trabalhamos com centenas de atores em nível global e contribuímos com a expansão  da comunidade que mobiliza esta discussão. Agora lançamos um novo chamado de pesquisa que corresponde com nosso renascimento como organização. A partir deste momento, deixaremos de ser a Iniciativa Latino-Americana pelos Dados Abertos, para ser simplesmente ILDA. 

Nesses anos, compreendemos  que a discussão sobre dados e políticas públicas excede a abertura. A abertura de dados é fundamental para ILDA e continuará sendo uma de nossas maiores preocupações, mas também é necessário discutir o que acontece com esses dados antes de depois de abertos. Da mesma forma, é necessário entender por que não se abrem alguns conjuntos de dados e quais são as fronteiras da transparência nesse sentido. É importante entender o que acontece com algumas tecnologias “emergentes” quando pensamos na vida pública, e quais são os vieses presentes nos dados que podem afetar a sua implementação. 

Por isso, neste novo chamado de pesquisa expandimos o alcance e esperamos propostas que abranjam os seguintes tópicos: 

– Uso de dados para à transparência e a melhoria dos serviços do governo: uso de dados em questões orçamentárias, contratações, parlamentos, dados no nível setorial, estudos sobre o impacto (ou não) dessas aplicações em setores como saúde, educação, meio ambiente ou migração. 

– Gênero e inclusão: reflexões e estudos empíricos sobre os vieses das bases de dados ou aplicações de distintos atores no momento de representar fenômenos que afetam diretamente mulheres ou grupos vulneráveis. 

– Governança de dados e Inteligência Artificial: Procuramos candidatos que reflitam sobre o estado atual de governança de dados na América Latina e aplicações específicas de IA em setores chave. 

O resultado da pesquisa pode ser apresentado em diferentes formatos. Convidamos os pesquisadores a serem o mais inovadores possível. Exemplo (e não exclui): 

– Um relatório de pesquisa 

– Um datapaper 

– Um aplicativo web e seu código fonte 

Convidamos você a ler o edital e a apresentar a sua proposta.